Tabela de Conteúdos
O lipedema foi classificado como doença em 2022 e ganhou mais popularidade através da famosa Yasmim Brunet no programa Big Brother em 2024 porém pouco se sabe sobre seu desenvolvimento, mas estudos indicam que fatores genéticos, hormonais e problemas nos vasos sanguíneos e no sistema linfático podem estar envolvidos. Ou seja, o acúmulo de gordura nas áreas afetadas pode ser consequência de falhas no sistema linfático e circulatório, criando um ciclo que piora a condição ao longo do tempo.
COMO O LIPEDEMA ATUA NO CORPO DA MULHER.
O hormônio estrogênio, que controla o peso corporal e afeta o tecido adiposo (gordura), também pode estar relacionado ao problema, especialmente em mulheres. Além disso, danos aos nervos e inflamação no tecido gorduroso podem contribuir para os sintomas do lipedema. Porém, ainda há poucas pesquisas concretas sobre o assunto.
No lipedema, a gordura se acumula principalmente nos quadris, coxas e pernas, criando uma desproporção entre a parte superior e inferior do corpo. Um sinal típico é a separação clara entre a pele normal e a afetada no tornozelo, conhecido como “sinal do punho”.
ANTECEDENTES GENÉTICOS
Cerca de 60% das pessoas com lipedema têm histórico familiar da condição, sugerindo que pode ser hereditário. Mesmo que os genes exatos não tenham sido identificados, há indícios de que a doença pode ser transmitida de forma dominante em algumas famílias. Estudos em animais também mostraram que certos genes podem influenciar o acúmulo de gordura e o funcionamento dos vasos linfáticos.
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA
Dependendo de onde a gordura se acumula, o lipedema pode ser classificado em cinco tipos:
- Tipo I: gordura nos quadris e nádegas.
- Tipo II: gordura dos quadris até os joelhos.
- Tipo III: gordura do quadril até os tornozelos.
- Tipo IV: braços também são afetados (80% dos casos).
- Tipo V: gordura só nas panturrilhas (raro).
A gravidade da doença varia em quatro estágios:
- Estágio 1: pele lisa, mas com aumento de gordura.
- Estágio 2: pele com ondulações e pequenos nódulos.
- Estágio 3: grandes dobras de gordura que limitam os movimentos.
- Estágio 4: combinação de lipedema com linfedema (inchaço severo e risco de infecções).
A progressão do lipedema varia de pessoa para pessoa. Em alguns casos, os sintomas são leves e estabilizam com o tempo, mas em outros, a doença pode piorar, especialmente após eventos como puberdade, gravidez e menopausa.
PRINCIPAIS SINTOMAS
As principais queixas incluem:
1. muita dor nas pernas especialmente no final do dia
2. facilidade para ter hematomas
3. inchaço
4. Nódulos bem semelhantes a celulites
5. Falta de mobilidade articular
O inchaço não melhora ao levantar as pernas, mas a lipoaspiração, em casos mais graves, pode ajudar a reduzir a dor. Mulheres com lipedema têm maior risco de desenvolver obesidade grave, e a gordura acumulada nas pernas e quadris pode afetar a maneira de andar, sobrecarregando as articulações e causando problemas como artrite. Além disso, o excesso de gordura pode causar irritações e infecções na pele.
COMO É O TRATAMENTO?
O tratamento da condição ainda é limitado. O foco é aliviar os sintomas, melhorar a mobilidade e prevenir a progressão da doença. Isso inclui controlar a obesidade e problemas no sistema linfático, além de manter um estilo de vida ativo. Dietas podem ajudar a reduzir a inflamação, mas não erradicam o acúmulo de gordura. Exercícios na água são recomendados, pois aliviam a pressão nas articulações e ajudam a drenar líquidos. O uso de roupas de compressão também pode reduzir a dor e o desconforto. Em casos mais graves, terapias de drenagem linfática podem ser úteis.
Mesmo que o lipedema dificulte a eliminação da gordura, é importante continuar com exercícios físicos e alimentação saudável para evitar a piora da condição. Muitos pacientes desistem por não verem resultados estéticos, foi o que quase aconteceu com Victória, diagnosticada com doença, e entrevistada pelo blog:
“Eu estava totalmente desmotivada, TOTALMENTE, fiquei 2 semanas sem ir à academia porque sentia que nada do que estava fazendo estava dando resultado. Foi difícil demais trabalhar isso em mim! Então tentei entender que se eu me cuidando já estava ruim, se eu desistisse, ficaria pior.”
RESUMO E CONCLUSÃO
Se você acha que apresenta um quadro de lipedema é importante procurar ajuda de um médico que tenha conhecimento desta condição inflamatória (nós indicamos o Dr. Vinícius Bignatto) para que ele direcione por onde começar o tratamento ou se já foi diagnosticado com a condição, é essencial fazer mudanças no estilo de vida para evitar que o quadro piore. Exercícios físicos, apoio psicológico e terapias específicas podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Este post foi escrito com base no artigo científico no link abaixo e com uma conversa com o Médico Cirurgião Vascular Doutor Vinicius Bignatto